sábado, 15 de fevereiro de 2014

2014 - Grito Enviado











2013 - Cinzas do Farnel ou Encantamentos do Fogo a partir de Farnel

trabalho integrante do XV Salão de Artes Visuais da Cidade do Natal 


cinzas do farnel é um trabalho que decorre do processo de investigação gráfico (desenho/ aquarela/ técnicas de impressão) como possibilidade de se obter um “preto profundo-denso”. A primeira mostra, de um ponto do processo, foi exibida em maio de 2013, na Galeria Conviv´Art, do Núcleo de Arte e Cultura, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Na exposição, uma série de trabalhos tinham como conceito aglutinante a palavra “farnel” (farnel = matula, comida cozida e levada em um grande guardanapo branco, com porções de feijão, carne e afins), articulando essa fatura “negra” com a poética do fogo, na criação de vestígios, obtidos pela queima e tingimento a fogo, de madeiras e tecidos brancos ou impressos (listras, branco/preto). O processo, iniciado em 2009, articula atividades primitivas humanas com o fogo (como “cozer”, “comer”) à poética do material “negro” e suas possibilidades históricas como pigmento. O que resulta desse processo está no limite entre o material e o imaterial, como uma possível metáfora entre o que é humano e o divino, ressaltado pela utilização do dourado como borda, desta fronteira. Neste ponto, o trabalho apresentado, pós-mostra, é um processo de desconstrução (por queima de grande parte dos trabalhos apresentados anteriormente), tendo os registros e os vestígios como ponto de retorno ao processo de pesquisa. Apresentados em formato de livro de artista, os trabalhos são mostrados a partir de uma relação temporal, assim como ele se articula, agora, com um espaço reduzido (processo de transformação até se chegar ao pote de cinzas, articulando com os registros-livros apresentados e os trabalhos que restaram dessa ação). O trabalho é composto por duas telas de 18 x 24cm, uma tira de tecido de 128,5cm, dois livros de artista (“Maio 13” e “Novembro 13”),  uma prateleira de 128,5cm x 30cm, dois suportes brancos e um pote de vidro de 17 cm por 9cm de diâmetro, totalizando 128,5 x 65cm.

terça-feira, 28 de maio de 2013

2013 - FARNEL - exposição individual - Galeria Conviv´Art



























texto do projeto: 

farnel, matula, comida cozida e levada em um grande guardanapo branco, com porções de feijão, carne e afins, se caracteriza como verbete aglutinante de uma série de pesquisas que vem sendo feitas desde 2009. O processo teve início no campo gráfico em articulação com a factura de aquarelas, na determinação da densidade de pretos. Uma das marcas do fazer em gravura é a relação da profundidade para a determinação da densidade do preto, na gravura em metal; já na aquarela uma série de camadas de tinta, do espectro que na relação cor-pigmento-superposição cria um cinza terciário muito denso (quase preto), nessas proposições a adição de fases de nanquim ou de material obtido a partir de queima (tintas para gravura), conferem uma maior profundidade/densidade. A poética do material, como o nanquim e o carvão tem relação direta com o fogo, que desde os povos primitivos estabelece uma relação mística de passagem, de uma materialidade a uma imaterialidade, o que resta desse processo, carvão e cinzas, são quase-material/quase-imaterial, um estado de fronteira. Essa relação de fronteira também está na busca de referências para o trabalho, Morris Louis (1912-1962) na proposição de pinturas tão planas e sem imagem anterior ao processo de pintura, que chegava a tingir o tecido da tela, na criação de pinturas translúcidas, estabelecendo uma discussão sobre a planaridade da tela e da objetificação do trabalho de arte. Yves Klein (1928-1962) na série Fire Paintings utiliza impressões de material anti-chamas e posteriormente o uso de um lança-chamas a fim de criar pinturas/impressões onde não há fogo estabelece uma relação entre impressão/pintura/performance. Estabelece-se assim uma relação entre fogo-preto-planaridade.
Os trabalhos apresentados tem como proposição inicial a criação de um preto profundo, para isso foram utilizados vários tecidos de algodão (um com processo fabril de impressão, listrado; e outros brancos), que foram tingidos inicialmente com as cores primárias, seguindo o tingimento e secagem, para posterior superposição de tingimento. O processo resultou um tom muito próximo a aquarela, cinza terciário. Seguindo-se a esse resultado inicial, foi realizado o depósito de tinta acrílica preta sobre a superfície, que posteriormente foi queimada. O processo de queima não resultou favorável, reincidindo a utilização de outro material, desta vez proveniente da queima, o carvão. Esses tecidos são posteriormente apresentados na composição dos trabalhos apresentados. Na série Farnel 1 (2012) são apresentados dois tecidos de 17 x 129cm, que são resultantes dessa primeira fase da factura, em um dos trabalhos a tinta acrílica dourada sobre a faixa fronteiriça demarca uma área de transcendência. Em Farnel 2 (2012), o tecido superpõe duas telas de 15 x 15 cm, já em Farnel 3 (2012), duas telas de 18 x 24 cm, apresenta um experimento de queima, com superposição de carvão. Farnel 4 (2012), uma série de 9 telas de 10 x 15cm que recebem uma ou até dezenove camadas desse tecido, criando quase-roupas para telas, estabelecendo uma relação de ruptura com a planaridade e objetificando a tela. Em Farnel 5 (2011), uma instalação composta por sete estroncas de madeira de 3,00 m, queimadas com o tecido de forma a criar bonecas de pau, com pontas de lápis, que traçará retas no espaço da galeria, a partir do arraste, o trabalho também é composto por uma lâmpada que gerará impressões de luz sobre a parede, acrescentando ao trabalho a relação masculino/feminino. Proposição também presente em um vídeo, apresentado num televisor em um dos cantos da galeria, Faça-se a luz, reeditado em 2012, onde cabeças de uma boneca Barbie e de um boneco Ken são queimados até ficarem planos e pretos. As imagens desses bonecos se alternam e se fundem no próprio negro da queima do material.

O projeto da exposição tem como característica criação de zonas de ocupação e zonas onde a luz ocupará o vazio. Os trabalhos de pequena dimensão farão um contraponto com as grandes dimensões da galeria. E o aparelho de televisor realizará outro desenho sobre o chão, criando zonas de iluminação e zonas escuras.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

2011 - Restaurante Coletivo: MENU (trabalho coletivo com Mayara Suellen, Leíze de Sá, Patrícia Ricelle e Alana Souza)




Diário de bordo, 2011

MENU (Leíze de Sá. Natal, junho de 2011)

Numa sociedade onde o conhecimento de e sobre arte é tão elitizado, propomos a mistura de um conceito banal (alimentar-se) com o conceito de Arte e seus desmembramentos filosóficos e estéticos. De uma maneira inusitada ao olhar dos participantes da intervenção, mas bastante óbvio sob a ótica das questões relacionadas ao mercado da Arte, seus produtos e o consumo dessas obras.
Nosso objetivo, portanto, é o de induzir as pessoas a um questionamento artístico-filosófico, através do qual elas possam se aproximar um tanto mais do prazer estético (aqui “prazer” refere-se a sensação, posto que não necessariamente a Arte se propõe a dar prazer no sentido de gozo) e observarem o que isto causa de diferente em suas vidas naquele momento em que a ação se dá.
E para alcançar esse objetivo, optamos por induzir as pessoas a confundirem suas intenções mentalmente organizadas e racionalizadas a fim de provocar esses questionamentos. O indivíduo que saiu de onde estava e vai ao Restaurante Universitário para alimentar-se da comida, cujos nutrientes o sustentarão para continuar sua jornada de trabalho e/ou estudo. Chegando lá é convidado a servir-se de algo que inicialmente ele não enxerga, pelo simples não enxergar arte como alimento – temos aqui o conceito clichê de “arte alimento da alma” -, mas mesmo assim se pergunta se é possível, se se come aquilo que se expõe nas paredes, É a partir desse instante que se dá a intervenção propriamente dita. A partir do momento que conseguimos envolver o expectador na ação do trabalho artístico, aí sim intervimos concretamente no seu dia e podemos considerar concretizando o trabalho proposto.

vídeo: https://vimeo.com/65787451 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

2007 - Reconstruindo Símbolo Pátrio


2007 - RECONSTRUINDO SÍMBOLO PÁTRIO
série de impressões de matrizes produzidas com adição de EPS e papelão, sobre papel offset.
48 x 33 cm (cada)

2013 - R.ZUMBI -1912

Série de desenhos realizados em 2013, 
investigando relações entre 
lugar, pertencimento, caminhos, padrões e medidas.

 2013 - S/TÍTULO
nanquim preto e dourado sobre papel garzapapel
20 x 14 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim preto e dourado sobre papel garzapapel
20 x 14 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
10 x 10 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
10 x 10 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim e aquarela sobre papel
10 x 10 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
aquarela, guache e acrílica sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
aquarela, guache e acrílica sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)

 2013 - S/TÍTULO
aquarela, guache e acrílica sobre papel
42 x 29,7 cm (cada)


2013 - S/TÍTULO
guache e nanquim sobre papel
100 x 70 cm


 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
100 x 70 cm

 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
100 x 70 cm




2013 - S/TÍTULO
guache e nanquim sobre papel
100 x 70 cm (cada)



 2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
100 x 70 cm (cada)

  2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
100 x 70 cm (cada)

  2013 - S/TÍTULO
nanquim sobre papel
100 x 70 cm (cada)

  2013 - S/TÍTULO

nanquim sobre papel
100 x 70 cm